terça-feira, 11 de junho de 2013

Valentine's day

                            

No dia de amanhã, tudo é lindo e todo mundo se ama. As lojas são gentis com seus cartões de crédito, o Brasil inteiro fica florido, amável, passa de verde/amerelo para vermelho, e tudo é muito doce.  Não se preocupem, muitas fotos de casal aparecerão no seu Facebook.

E passa pela sua mente várias vontades ao mesmo tempo. Você deseja ter alguém e ter para onde sair com esse alguém. Aí você lembra que tudo estaria muito lotado e acaba aceitando a ideia de estar solteiro. Então chove e você fica: frio+filme+brigadeiro+abraços = perfeição. Você faz o brigadeiro e acha bom não ter que dividir. Você passa o dia trabalhando e... “Hoje era o dia dos namorados? Nossa... nem me toquei.” Você tenta se convencer de que odeia esse dia, quando na verdade, ele não faz diferença alguma na sua vida. Você acaba lembrando daquela pessoa que você pensava que ia ficar. Você acaba não lembrando. Talvez você não sinta nada. Talvez você sinta o peso do mundo.

O que realmente importa: amanhã é só um dia como qualquer outro, com 24 horas carregadas de oportunidades que jamais irão voltar, esteja só ou acompanhado. Amanhã é o dia em que “a sorte virá num realejo trazendo o pão da manhã, a faca e o queijo, ou talvez um beijo teu que me empreste alegria.”

Então não pense em passar o dia desiludindo amanhã, afinal, é só um dia. O que devemos fazer é ver o lado bom em cada canto, como Mallu Magalhães. Porque “daqui pra frente tudo é doce, é doce até não enjoar.”

domingo, 10 de março de 2013

Branca de Neve e o Caçador




Eu assisti a esse filme, e apesar dele ser com Kristen Stewart (cara de paisagem forever), ele me surpreendeu. Primeiro porque a bruxa não é mais uma que leva fitas, escova de cabelo e maçã. Ela é uma bruxa, de fato. Ela transmite nojo por colecionar corações e comê-los, assim... Sem ao menos assar... EW! O caçador é gatinho e o filho do Duque também. Mas como todo filme que a Kristen forever Bella Sem Sal Swan de Crepúsculo participa, ela tem DOIS HOMENS que gostam dela: o caçador (Jacob?) e o filho do Duque (Edward?). Oi?

Críticas sobre o filme à parte... Essa Branca de Neve mostra que uma mulher não precisa de um homem para ser Rainha, ela foi a Rainha e só. Ela não escolhe entre um dos dois, ela escolhe o trono. Na vida real, deveria ser assim também.  A mulher tem o poder de ser feliz, com homem ou sem ele. Aí vocês agora vão dizer: “Esse é um discurso de quem está desiludido”. Não é. E afirmo de novo: não é! É apenas um discurso de quem encara os fatos. Independente do homem a mulher tem poder e direito de vencer na vida, ter a sua profissão, o seu dinheiro, o seu carro. Basta o quê? Batalhar. Aí vocês dizem: “Mas elas não podem ter filhos, sem um homem”. Quem disse? O que não falta é orfanato e crianças para serem adotadas. E adotar uma criança significa que ela nasceu no seu coração. Então, porque não ser um pouco dessa Branca de Neve, e enfrentar a vida como ela é, e ser feliz, sem precisar de alguém para ter tudo?  O que não quer dizer que é necessário viver assim. É só uma questão de ver o outro lado da moeda.

A vida é uma escalada. Cabe a cada um subir um pouco de cada vez. E cabe a você tomar as suas escolhas e continuar subindo para chegar ao topo. Às vezes você pode dar um passo errado e cair, mas sempre encontre força para retomar de onde parou.  E se você escolher! Pode pedir a alguém que está fazendo uma escalada do outro lado, que venha lhe ajudar, e a pessoa encontrará um caminho até você. O importante é chegar ao topo e sentir a sua realização como pessoa com caçador ou com o filho do Duque, ou apenas com você mesma. Acho que fui ridiculamente contraditória nesse texto. 



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Eles vão morar numa linda bolha azul



Ela sempre desejara que todos ao seu redor jamais a deixassem, mas sempre, sempre, sempre tinha alguém que a fazia dizer “adeus”.  E isso muitas vezes a deixava triste ou com raiva, mas vez por outra a vida mostrava que não precisa ser assim. Que apesar de poucas, ainda existem pessoas que querem permanecer.  

Um dia ela encontrou um amigo. Mas ele vivia numa bolha azul, longe daqui. E eles se falavam através de uma tela quente. E essa amizade foi ficando cada vez mais colorida, e vários sentimentos começaram a despertar dentro deles. Ele a enchia de mimos, como ela sempre quis, e ela buscava fazer o mesmo com ele, pois não queria dizer “adeus”, simplesmente não queria.

Com o passar do tempo tudo foi aparecendo. Os defeitos, as manias, os erros. E de ver tanta coisa, ela decidiu não querer mais, e fugiu apesar de saber que pode dar certo, fugiu daquilo que lhe parecia tão irreal e verdadeiro ao mesmo tempo.  Mas ele voltou para tê-la novamente. Porque amá-la é como ver as flores no seu jardim, amá-la é como se pudesse sair da sua pátria e poder tocá-la, amá-la é como falar com Deus através da sua oração favorita. E ela aceitou. E tanto é que aceitou que ela foi até a sua bolha azul, bem inesperadamente, e por lá permaneceu durante uma intensa semana.

E de repente tudo o que parecia irreal passou a pertencer a ela. Suas mãos, seus beijos, sua família, seu país, sua cidade, a sua bolha azul. E isso a fez viver e acreditar de novo, que ainda que não saibamos o quanto vai durar, não há como não deixar o irreal passar a ser verdadeiro, porque é nestas horas que aparecem aqueles sentimentos incríveis e a magia dos filmes que não se encontra apenas na ficção. Infelizmente, ela teve que voltar. Mas eles ainda vão se encontrar de novo. E eu acredito que até hoje, ela está em casa se sentindo na bolha azul, e ele deve estar em algum café sentido que ela está ali ao seu lado, na sua imensa bolha azul. E não importa onde eles vão viver juntos pode ser até em Amsterdã, mas a linda bolha azul, em que eles se encontram, flutuará pelo espaço. 

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Eu não sou uma princesa, e isto não é um conto de fadas



Quando eu era criança, eu costumava ler contos de fadas e isso me fez adquirir uma imaginação fértil e um coração puro. Mas, quando você cresce e descobre que a sua imagem de conto de fadas não tem nada a ver com a realidade, isso deixa de alimentar o seu pequeno mundo. Eu era bem isolada na escola, do tipo que lanchava sozinha e sentava no balanço. Fugia de tudo e de todos, porque eu sabia que ia perdê-los um dia.  Eu conheci um pouco do que é amizade do 8º ano em diante. Eu realmente não tinha nenhum outro lugar para me voltar, exceto para dentro. Acho que foi por isso que aos 5 anos de idade eu compus uma música (letra e melodia), minha mãe a tinha gravado, mas ela deve ter escapulido e ido pairar na mente de outra criança como eu, talvez não, talvez ela tenha escapulido e só. Tudo o que eu tinha eram meus diários, minhas ideias, minhas caixinhas de sonhos e meu amigo imaginário que deixava meus dias tristes, parecerem que eu tinha um monte de gente feliz ao meu redor. Até hoje é assim (não que eu tenha um amigo imaginário, por favor), eu sempre me volto pra dentro, e lanço minhas ideias em algum lugar, e guardo tudo, e quando eu fico transbordando tudo e todos, eu faço um dilúvio e no dia seguinte resta uma simples calmaria. Pode ser de quebrar o coração, não? Temos que acreditar em algo, como em um ideal, por exemplo, mesmo quando descobrimos em relacionamentos ruins que é uma coisa difícil de encontrar. Deveríamos acreditar em contos de fadas para não nos fecharmos para o amor e confiar naqueles sentimentos incríveis que aparecem no início. É só saber como adoçar seu café expresso, um pouco de fé no amor ideal é o mesmo que uma ou duas colherinhas de açúcar, ou algumas gotas de adoçante, não para desiludir, mas para dar sabor ao ritmo que segue o amor.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Há um tempo determinado





Ele era dramático, melancólico, romântico, e sempre buscava a felicidade, mas não aquela felicidade que a gente vê no mundo, ou nas novelas, mas aquela felicidade que te preenche, que te faz viver, que te faz seguir e permanecer nela.  Ele era apaixonado por uma menina, mas ela fingia se importar com aquilo tudo.  Talvez ela fugia porque tinha medo de que as coisas dessem certo, ou talvez ela apenas fugia. E depois de tanto tentar e se decepcionar, ele foi quem fugiu e resolveu “viver a vida intensamente”. Carpe Diem. Foi o que aconteceu. Ele realmente aproveitou tudo, mas havia alguém na sua mente sempre lá. E não parecia errado pensar nela. Ela estava lá, em seus pensamentos, dançando, sorrindo, ou apenas olhando pela janela.

Como sempre há um tempo para tudo na vida, ele cansou, e decidiu ficar só. Ele simplesmente achava que não merecia mais ninguém e não estava tão entusiasmado para pôr alguém na sua vida. Mas chegou o tempo em que a própria solidão o deixou, no momento em que ele percebeu que a pessoa que ele mais esperava, reapareceu na sua vida, e o fez rever os seus pensamentos sobre a vida, sobre tudo.

Hoje eles estão em um “relacionamento sério”, mas esse não é apenas um status de relacionamento, eles vão muito além. Afinal, seria um relacionamento sério apenas um status?

E hoje, chega de fugir. Porque ela está ali. Ela sempre estará ali. Mesmo quando tudo parecer fora do lugar, mesmo quando o chão desabar, mesmo quando tudo parecer errado, eles estarão ali. Um para o outro.

E hoje ele é dramático, melancólico, romântico, e sempre busca a felicidade, mas não aquela felicidade que a gente vê no mundo, ou nas novelas, mas aquela felicidade que te preenche, que te faz viver, que te faz seguir e permanecer nela, que mesmo com o jeito pessimista/realista de ser, acredita que devemos sempre ver além e tirar proveito de tudo, até das coisas ruins que a vida nos trás.

Porque a vida não é apenas para ser vivida, mas para escalar e descer montanhas, com alguém que vai te trazer um café com torradas pela manhã acompanhado de um sorriso, deixando qualquer obstáculo menos amargo e a felicidade cheia de confeitos. E sempre haverá um tempo determinado para isso. Sempre haverá um tempo determinado para tudo. 

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Escrever? Para quê?






Certa vez comentaram no meu Blog a respeito de um texto que nem era sobre a pessoa, e aquilo me deixou com tanta raiva, porque até parece que sempre serei apaixonada por essa pessoa. Pela primeira vez, o que foi, foi e o que passou, passou. E então, um leitor do meu Blog também ficou perturbado com essa história e me disse: “Se minha ideia ajudar, você deveria escrever sobre ‘os motivos pelos quais você escreve’, e também ‘os motivos pelos quais você NÃO escreve’”. Pensei, “Rapaz, é uma ideia bastante legal.” E aqui vai...

Eu escrevo porque quero fazer as pessoas acreditarem no amor, eu escrevo por pensar que não sou só eu no mundo que sofro, que amo, que sou alegre, que tenho dias bons e ruins, que reclamo da vida (às vezes), que estou em constante mudança, que estou nos meus “Vinte e poucos anos”, eu escrevo para colocar pra fora o que eu sinto/senti. Eu escrevo para respirar. Eu escrevo para me escutar. Eu escrevo porque algo pulsa dentro de mim querendo externar alguma coisa. Escrevo meus medos, minhas pressas, minhas raivas, minhas tristezas, minhas preces, minhas ideias e meus sonhos. É proibido? Eu desenho nas palavras um mundo de músicas. Eu coloco nas palavras o cheiro que para mim, elas têm. Eu agarro as palavras pela história que elas me revelam. Eu danço as palavras porque nelas está a magia pontilhada dos passos de Ballet. Eu canto as palavras porque sempre terá um ‘back vocal’ no meu coração. Eu toco as palavras, porque em cada acorde está o seu significado cru.

Eu não escrevo porque sou apaixonada por alguém, ou porque choro pelos cantos, nem muito menos por escrever, ou por pensar que todos irão ler. Mas, por sempre, sempre, sempre existir alguma música, alguma dança, alguma ajuda e alguma esperança querendo sair por aí, rodopiando ao som da vida, nesse mundo tão encantador e cruel.