domingo, 15 de janeiro de 2012

Carta para Deus

 

Querido Deus,

Eu gostaria primeiramente de dizer que agradeço a Sua enorme disposição para ter criado esse mundo todo em 7 dias, e por ter nos dado a possibilidade de viver neste mundo que se tornou tão caótico e cruel. Agradeço pelo espetáculo que é a natureza, que nos diz “Bom dia”, “Boa tarde” e “Boa noite” todos os dias. Agradeço por cada dia a mais que vivemos. Agradeço por todos os dias dar o pão, tanto material quanto espiritual a nós.  Agradeço pelas palavras que nos enche de fé e esperança. Agradeço por cada momento que estás conosco ainda que nós não percebamos isso. Agradeço por nos proteger de todos os males. Agradeço por nos encher de sabedoria nas vezes em que temos decisões a tomar, e ainda que façamos a escolha errada Tu nos consolas e nos dizes que há outro caminho a percorrer. Agradeço pelas pessoas maravilhosas que colocas em nossas vidas no momento certo.
Venho também pedir desculpas por todos os seres humanos da Terra. Peço desculpas por nossas pressas, nossas preces, por nossos erros, por nosso interesse pelo dinheiro, por nossa falta de compaixão, por nossa descrença no amor, pelas guerras que causamos, pelas nossas chantagens, pelas nossas infinitas reclamações, por não saber dar sem receber, por querer sempre ser melhor que o outro, por não querer compartilhar, por culparmos os outros quando deveríamos culpar a nós mesmos, por somente pedir coisas a Ti e nunca agradecer, por ficarmos perdidos nas margens de nós mesmos, sem Te buscar.
Mas, agora, Deus, eu gostaria de saber: como está sendo o mundo para você? E será que o Senhor poderia me responder se há uma forma de nós nos mostrarmos aos outros como nos mostramos a Ti? Como seres humanos, frágeis, felizes, ou tristes às vezes, temos vontade de gritar, temos vontade de pular... Somos tão distintos e iguais ao mesmo tempo... Somos muitos dentro de nós mesmos, não?! Vamos todos algum dia saber sentir verdadeiramente o amor?!
                Deus, obrigado por me ouvir. 

                                                                     Isabela. 

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Carta para Julieta

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Julieta,       

Você conseguiu um amor que pelo qual você deixou os seus entes queridos, um amor pelo qual podia cruzar os oceanos. Eu preciso de um conselho seu.  
Eu pergunto a você quando é que eu vou saber se é a pessoa certa? Será o seu cheiro, seus olhos, seu sorriso, seu jeito de falar? Será o beijo dele? Será o seu toque? Será o conjunto de tudo isso? Meus olhos vão brilhar? Eu poderia sentir que ele brilha como fogos de artifício? Eu poderia sentir que o toque de suas mãos faz o sangue fervilhar?  Eu poderia sentir que ele irá me cortejar todos os dias de minha vida? Será que eu vou sentir que ele é quem ele é realmente quando está comigo? Será que ele se mostrará verdadeiramente para mim?
Eu já tive relacionamentos antes, acontece que as pessoas mostram quem elas realmente são depois de algum tempo, e eu percebi que por mais que eu gostasse da pessoa, eu mudava. As pessoas mudam como estações do ano, não é? Mas eu sinto falta. Eu sinto falta de encontrar uma pessoa que me faça ser eu mesma, sem pressão, e que não se sinta pressionado ao se mostrar verdadeiramente para mim.
Dizem-me que eu devo esperar e não ter pressa, que esse dia vai chegar. Mas, às vezes se tornam longos os dias em que me pego pensando sobre isso, sobre esse dia. Eu sei que quando esse dia chegar a única coisa que eu terei certeza é que tudo o que eu mais preciso está do outro lado da porta.   
Mas, Querida Julieta, e se isso nunca acontecer? E se tudo for uma questão de saber escolher? E se eu fizer a escolha errada?
Eu já me antecipo prevendo que a sua resposta seja: “ ‘E’ e ‘Se’ são duas palavras inofensivas como qualquer outra, mas se você colocá-las lado a lado elas tem o poder de assombrar pelo resto da vida.” “E se...” “E se...”
Mas, caso aconteça algo errado, será tarde demais para o amor verdadeiro?

Aguardo ansiosamente a sua resposta. 

With Love,

Isabela.