Certa vez comentaram no
meu Blog a respeito de um texto que nem era sobre a pessoa, e aquilo me deixou
com tanta raiva, porque até parece que sempre serei apaixonada por essa pessoa.
Pela primeira vez, o que foi, foi e o que passou, passou. E então, um leitor do
meu Blog também ficou perturbado com essa história e me disse: “Se minha ideia
ajudar, você deveria escrever sobre ‘os motivos pelos quais você escreve’, e
também ‘os motivos pelos quais você NÃO escreve’”. Pensei, “Rapaz, é uma ideia
bastante legal.” E aqui vai...
Eu escrevo porque quero
fazer as pessoas acreditarem no amor, eu escrevo por pensar que não sou só eu
no mundo que sofro, que amo, que sou alegre, que tenho dias bons e ruins, que
reclamo da vida (às vezes), que estou em constante mudança, que estou nos meus
“Vinte e poucos anos”, eu escrevo para colocar pra fora o que eu sinto/senti.
Eu escrevo para respirar. Eu escrevo para me escutar. Eu escrevo porque algo
pulsa dentro de mim querendo externar alguma coisa. Escrevo meus medos, minhas
pressas, minhas raivas, minhas tristezas, minhas preces, minhas ideias e meus
sonhos. É proibido? Eu desenho nas palavras um mundo de músicas. Eu coloco nas
palavras o cheiro que para mim, elas têm. Eu agarro as palavras pela história que
elas me revelam. Eu danço as palavras porque nelas está a magia pontilhada dos
passos de Ballet. Eu canto as palavras porque sempre terá um ‘back vocal’ no
meu coração. Eu toco as palavras, porque em cada acorde está o seu significado
cru.
Eu não escrevo porque
sou apaixonada por alguém, ou porque choro pelos cantos, nem muito menos por
escrever, ou por pensar que todos irão ler. Mas, por sempre, sempre, sempre
existir alguma música, alguma dança, alguma ajuda e alguma esperança querendo
sair por aí, rodopiando ao som da vida, nesse mundo tão encantador e cruel.
O escrever é vasto. É rasurar sentimentos que precisam conhecer o papel. Escrever está muito além do que os sentimentos respigam, são palavras que precisam habitar nas pautas. Não se intimide com o que os outros acham ou pensam, escreva apenas para aliviar a alma. Escreva com o coração nas pontas dos dedos.
ResponderExcluirEscrever é usar a alma como papel.
Muito bem o que "não" escreves... rs
Abraços