sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Eu não sou uma princesa, e isto não é um conto de fadas



Quando eu era criança, eu costumava ler contos de fadas e isso me fez adquirir uma imaginação fértil e um coração puro. Mas, quando você cresce e descobre que a sua imagem de conto de fadas não tem nada a ver com a realidade, isso deixa de alimentar o seu pequeno mundo. Eu era bem isolada na escola, do tipo que lanchava sozinha e sentava no balanço. Fugia de tudo e de todos, porque eu sabia que ia perdê-los um dia.  Eu conheci um pouco do que é amizade do 8º ano em diante. Eu realmente não tinha nenhum outro lugar para me voltar, exceto para dentro. Acho que foi por isso que aos 5 anos de idade eu compus uma música (letra e melodia), minha mãe a tinha gravado, mas ela deve ter escapulido e ido pairar na mente de outra criança como eu, talvez não, talvez ela tenha escapulido e só. Tudo o que eu tinha eram meus diários, minhas ideias, minhas caixinhas de sonhos e meu amigo imaginário que deixava meus dias tristes, parecerem que eu tinha um monte de gente feliz ao meu redor. Até hoje é assim (não que eu tenha um amigo imaginário, por favor), eu sempre me volto pra dentro, e lanço minhas ideias em algum lugar, e guardo tudo, e quando eu fico transbordando tudo e todos, eu faço um dilúvio e no dia seguinte resta uma simples calmaria. Pode ser de quebrar o coração, não? Temos que acreditar em algo, como em um ideal, por exemplo, mesmo quando descobrimos em relacionamentos ruins que é uma coisa difícil de encontrar. Deveríamos acreditar em contos de fadas para não nos fecharmos para o amor e confiar naqueles sentimentos incríveis que aparecem no início. É só saber como adoçar seu café expresso, um pouco de fé no amor ideal é o mesmo que uma ou duas colherinhas de açúcar, ou algumas gotas de adoçante, não para desiludir, mas para dar sabor ao ritmo que segue o amor.

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