Era uma vez, uma casa.
Uma casa, como todas as outras, tinha uma sala, quartos, cozinha,
varanda... Mas, o homem que construiu esta casa foi expulso pelo seu novo dono.
O novo dono da casa se
vangloriava por tê-la, por poder dominá-la e fazer o que bem entendesse. O novo
dono da casa usufruiu dela como ninguém, levava muitas pessoas para conhecê-la,
oferecia seus quartos para as visitas, e se sentia bem, ao ter pessoas na sua
casa. Houve dias, em que a casa estava tão cheia, que ele próprio se sentia só.
Ele sentia o desejo de preencher cada espaço da casa com uma pessoa diferente,
e foi preenchendo com familiares, parentes, amigos e amores. De vez em quando o
construtor ia lá, mas o dono não queria conversar com ele.
Mas chegou o tempo em
que essas pessoas foram desorganizando a casa. Quebraram objetos, e a deixavam
suja demais, porém, o dono da casa não tinha tempo de cuidá-la, pois tinha
muitas pessoas para cuidar. E assim a casa foi se destruindo, as pessoas foram
indo embora, pois a casa já não tinha a sua beleza anterior. A casa ficou tão
suja e destruída, que seu dono, não conseguia limpá-la. Eis que veio ao
encontro do dono da casa, o homem que a tinha construído há muito tempo atrás,
bateu a porta e disse:
- Deixe-me entrar, eu
apenas quero te ajudar.
O dono da casa a
princípio achou que aquilo seria uma babaquice, e pensou até, que talvez o
construtor quisesse se apossar dela novamente. Mas, cheio de sabedoria o
construtor disse:
-Não te preocupes. Eu
vim para que tu descanses.
O dono da casa não
entendeu a história a princípio, mas deixou que o construtor o ajudasse,
afinal, não conseguiria limpar toda aquela sujeira, sozinho. O construtor lhe
pediu a chave da casa e disse que poderia se ausentar por um tempo que ele
mesmo cuidaria de tudo. Sendo assim, como o dono queria descanso aceitou a
proposta e aproveitou para conhecer as ruas da cidade, já que durante todo este
tempo, não havia parado para observar as belezas de onde vivia, pois estava
sempre rodeado de gente e não tinha tempo para um passeio sequer.
Assim que o dono se
foi, o construtor tirou todos os móveis acabados, e começou a varrer a casa com
uma grande vassoura. O trabalho demorou muito, pois havia muita sujeira na
casa. Após ter se certificado de que todo o pó havia ido embora, pegou um
balde, com água e desinfetante, um rodo e um pano branco e começou a passar
pano na casa para que a cerâmica voltasse a ter o seu brilho, foram 3 baldes ou
mais, para que ficasse completamente limpo. Sim, o construtor é perfeccionista.
Após ter feito esta segunda etapa, partiu para outra, pintar a casa, e a pintou
por dentro e por fora, algumas paredes decorativas e outras mais clássicas,
tudo para agradar o dono. Depois de pintadas as paredes, era a vez de decorar a
casa, com móveis e objetos, e o construtor fez tudo como queria e de forma que
o dono ficasse muito feliz. Os primeiros cômodos a ficar prontos foram os
quartos, depois a sala, a cozinha e assim foi. Por fim, a casa estava toda
limpa, e em perfeito estado.
Quando o dono voltou se admirou do que via, achava
que não merecia aquilo, então perguntou:
- Quanto custa todo
este teu trabalho?
- Nada. – Respondeu com
tranquilidade o construtor.
- Como nada? Se a casa
está em perfeito estado? – Disse o dono da casa.
- Não custa nada. –
Falou novamente o construtor.
-Então, o que eu posso
fazer para agradecer? – Perguntou o dono.
- O que você achar que
deve fazer. –Disse-lhe o construtor.
-Então eu quero que
venhas morar comigo, pois me sinto muito só. Preciso de alguém para conversar,
e para me ajudar a manter esta casa em perfeita ordem, pois sozinho eu não
consigo.
O construtor aceitou a
sua proposta e passou a viver na casinha que construiu e com o seu dono. De vez
em quando umas pessoas vinham visitar o dono, o construtor às vezes saía para deixá-los
à vontade, quando voltava, havia uma pequena bagunça, mas conseguia arrumar a
casa normalmente. Conversaram tanto, o dono e o construtor, que até os seus
segredos mais obscuros, o dono lhe contava, e não havia nenhum mal nisso. O
construtor estava sempre lá, para escutá-lo e ajudá-lo no que fosse preciso.
Quando o dono voltava de algum lugar, sempre encontrava a casa mais limpa,
quando ele trazia mais alguém às vezes ficava uma sujeirinha, mas ele e o
construtor, juntos, iam lá e limpavam. E até hoje é assim, de vez em quando o
dono vai lá e limpa uma sujeirinha, e de vez em quando o construtor vai lá e
limpa outras.
Háaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!! Eu tô precisando ir atrás desse cara, pra dar um jeitinho na minha casa.
ResponderExcluir