Ontem, eu não acordei
bem. Sei lá. Acordei meio que sentindo que tinha perdido alguém, que estava
perdendo alguém, não sei explicar. Após um longo dia de trabalho, eu desabei. Li-te-ral-men-te.
É como se a dor
quisesse sair, como se um peso estivesse me incomodando, como se o coração
estivesse apertado, como se quisesse dizer algo e não conseguisse, como se
fosse explodir, como se quisesse sumir do mundo, ou fugir, aliás, fugir seria
uma boa pedida, me desligar do mundo seria a perfeição.
Então, eu peguei um
carro que poderia me deixar em frente a minha casa, mas eu não queria,
simplesmente não queria. Desci bem antes da minha casa. Senti que a minha dor
queria passear, então eu a levei para um passeio. Enquanto a caminhada acontecia,
parecia que eu me desligava. A cada passo dado um pedaço da dor ficava para
trás. À medida que o caminho diminuía a dor diminuía junto. Cada percurso
percorrido deixava um pouco da dor para trás. E a rodovia ficou cheia de pedaços de dor. As
minhas lágrimas encontraram resposta, e meu coração se calou. Parou de pedir
socorro. Quando cheguei a minha casa, a dor não habitava mais em mim, ficou
apenas sutileza de sua ida.
E agora? Depois de sua
ida, o que resta é saber que parte da dor se vai ao cantar sua música favorita
e a outra metade se você a levar para um passeio. Depois de feito isso, é só se
deliciar, nos prestígios, morangos e brigadeiros da felicidade nossa de cada
dia.
:D "A cada passo dado um pedaço da dor ficava para trás. À medida que o caminho diminuía a dor diminuía junto. Cada percurso percorrido deixava um pouco da dor para trás. E a rodovia ficou cheia de pedaços de dor." Gostei, Lua
ResponderExcluirAdorei, amiga...o começo é bom, mas é a partir de "À medida que o caminho diminuía a dor diminuía junto. Cada percurso percorrido deixava um pouco da dor para trás. E a rodovia ficou cheia de pedaços de dor." que fica melhor! Grande beijo. Monya.
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